A tecnologia provoca mudanças significativas no ensino, proporcionando aos alunos um maior protagonismo no aprendizado. Essa tendência se fortalece com a presença das edtechs (empresas responsáveis por desenvolver soluções tecnológicas para o setor de educação).
Elas modernizam o ambiente educacional e propiciam novas oportunidades de aquisição de conhecimento por meio de cursos online, jogos educativos e sistemas de gestão de aprendizado. Neste post, falaremos um pouco mais sobre as edtechs no Brasil e no mundo. Confira!
A história das edtechs
O primeiro case dessa modalidade de empresa no mundo foi a Blackboard Inc., em 1997. Ela já adotava um sistema de gestão de aprendizagem muito parecido com o de diversas startups que atuam na oferta de soluções educacionais hoje.
O fortalecimento das edecths tem como um dos pilares o avanço tecnológico, pois o surgimento de ferramentas (dispositivos móveis, wi-fi, 4G etc) propiciaram a elas um ambiente favorável para expansão. Hoje, conteúdos educacionais estão disponíveis em diversos lugares com acesso à internet.
Isso permitiu que soluções tecnológicas educacionais, como aplicativos e cursos online, se tornassem recursos valiosos para pessoas adquirirem conhecimento, mesmo com uma rotina bastante atribulada.
As edtechs transformam a educação
As edtechs contribuem com o aprendizado de várias maneiras. Além de tornar as aulas mais dinâmicas e interativas, as tecnologias adotadas apresentam outros diferenciais. Acompanhe!
Novos recursos
Apostar no avanço tecnológico é uma alternativa para o aluno ter contato com uma realidade geograficamente distante. Com a intenção de facilitar a compreensão sobre um assunto, algumas escolas estão usando a Realidade Virtual (RV) e a Realidade Aumentada (RA).
Esses mecanismos possibilitam a uma turma, por exemplo, acompanhar a produção de energia com o deslocamento de elétrons, verificar as atividades realizadas por uma célula, “viajar” para outros países e a visualizar o espaço.
Capacitação de docentes
A melhoria contínua dos professores é uma das prioridades de muitas escolas. De olho nesse mercado, algumas edtechs promovem cursos a distância e webinars, além de disponibilizarem podcasts.
Essas capacitações são valiosas para os docentes se manterem atualizados e terem a oportunidade de trocar experiências com colegas de profissão. Facilitar o acesso a novos conteúdos é vital para os professores estarem mais atentos às novas tendências do ensino.
Monitoramento do progresso pedagógico
Além da interatividade e do treinamento de docentes, as edtechs fornecem recursos para o acompanhamento do progresso pedagógico. Hoje, os estudantes fazem exercícios online em plataformas que mostram os erros e os acertos.
As ferramentas disponibilizam relatórios para o professor, que tem mais condições de visualizar o rendimento de cada aluno e da turma. Assim, o docente pode visualizar melhor as dificuldades enfrentadas e implementar medidas para melhorar a qualidade do ensino.
Ensino individualizado
Hoje, as edtechs disponibilizam plataformas que são capazes de identificar as dificuldades enfrentadas pelo estudante. A partir das informações coletadas, os sistemas sugerem uma proposta de aprendizagem específica, indicando os conteúdos e exercícios ideais para o aluno.
Essa inovação propicia um ensino mais individualizado e direcionado para as características do estudante. Em outras palavras, a criança ou adolescente assume um papel mais central na busca por conhecimento.
Com foco nessa tendência, a Happy Code disponibiliza cursos interativos de programação para ajudar na formação de desenvolvedores de aplicativos e games. Além disso, oferece aulas de robótica para estimular o raciocínio lógico e a criatividade. Baseando-se no movimento maker, a instituição adota uma metodologia de ensino que torna o aluno protagonista do aprendizado.
As edtechs no Brasil
As edtechs são importantes porque multiplicam conhecimento com a oferta de um conteúdo mais adequado à realidade do público-alvo. Uma pesquisa realizada pelo Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB) e pela Associação Brasileira de Startups do Brasil (Abstartup) revelou que 43% das edtechs nacionais estão no estado de São Paulo.
Em 73% dos estados brasileiros, há, no mínimo, 3 empresas voltadas para soluções modernas de educação. No Brasil, foram contabilizadas 364 empresas desse setor. Esses números indicam que o uso da tecnologia na área de educação pode crescer bastante nos próximos anos.
Edtechs no mundo
Uma prova de que as startups educacionais estão presentes no mercado é o estudo feito pela Associação da Indústria de Software e Informação (SIIA, na sigla em inglês) que apontou um valor de mercado das edtechs americanas superior a US$ 8,38 bilhões.
Também merecem destaque nesse segmento a China, o Reino Unido e a Índia, onde o mercado de educação online deverá aumentar 4 vezes de tamanho nos próximos anos. A tendência é que a edtech seja uma referência cada vez mais comum no ensino.
Nossas principais edtechs
O levantamento do CIEB e da Abstartup, publicado em 2018 e já mencionado neste post, tem outros dados interessantes. Ele aponta que 61% das empresas voltadas à modernização do setor educacional brasileiro trabalham com a produção de conteúdo, e que 19% atuam no segmento de dados e processos.
Abaixo, mostraremos exemplos de edtechs com bons resultados no Brasil. Acompanhe!
Qranio
É considerada uma das nossas primeiras edtechs. Desenvolve, em parceria com empresas, cursos de capacitação e treinamento para funcionários, utilizando dispositivos móveis e recursos de gamificação.
UOL EdTech
É uma plataforma apontada como a principal edtech brasileira, por unir empresas como a Casa do Concurseiro e o Portal da Educação. Essa iniciativa já possibilitou mais de 1 milhão de pessoas a adquirir conhecimento pela internet.
Veduca
Destaca-se por ter parcerias com instituições de ensino renomadas (FIA, BM&FBOVESPA, USP etc.), o que permitiu um grande crescimento no mercado por meio da oferta de cursos de capacitação.
Geekie
Criou uma plataforma personalizável para os colégios. Dessa forma, é possível usar a ferramenta de acordo com a postura dos alunos e a proposta pedagógica da instituição de ensino.
Eduk
Apresenta cursos profissionalizantes em diversos segmentos, como artesanato, gastronomia, fotografia, moda, negócios etc.
Descomplica
Essa startup é conhecida por oferecer videoaulas que qualificam os usuários para fazer vestibulares e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Studiare
Trabalha com soluções pedagógicas e de gestão para os colégios e adota algoritmos com foco na melhoria do ensino e na performance dos estudantes.
Onde envolver uma edtech
Uma edtech pode atender vários segmentos do setor educacional. Abaixo, listamos as principais áreas atendidas, confira:
Educação Básica
Envolve estudantes desde o período da alfabetização até o final do ensino médio. De acordo com estudo da CIEB e da Abstartup, 47% das edtechs nacionais têm foco nesse segmento de ensino.
Isso se explica pelo fato de que mais de 90% dos estudantes brasileiros estão envolvidos com a educação básica. Ou seja, é uma parcela grande do mercado para a atuação das edtechs.
Educação Técnica
Hoje, existem cursos online para a formação técnica que podem qualificar profissionais da mesma forma que os realizados no modelo tradicional. Para ter noções de artesanato e marcenaria, por exemplo, bastam algumas videoaulas bem produzidas.
Educação Superior
Muitas instituições de ensino superior disponibilizam cursos de graduação a distância. Essa tendência tem sido aproveitada por algumas edtechs, como o Coursera (plataforma que oferece cursos online de universidades renomadas do mundo inteiro).
Uma vantagem das capacitações pela internet é a flexibilidade de acesso ao conteúdo. Assim, o estudante escolhe o horário que julgar mais adequado para acessar as aulas. O que lhe permite adaptar a rotina de estudos aos demais compromissos do cotidiano com facilidade.
Uma edtech pode contribuir bastante para melhorar a qualidade do ensino e oferecer mais variedade e flexibilidade para os alunos. Por isso, é imprescindível às instituições de ensino buscar parcerias com empresas que priorizam modernizar a apresentação de conteúdo para os alunos.
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